Cerca de 150 servidores em greve ocuparam na manhã desta quarta-feira (8) a reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC), no Bairro Benfica. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará (Sintufce), os grevistas impedem a entrada nas dependências da universidade desde o início da manhã. “O fechamento das reitorias faz parte de uma orientação do comando nacional de greve. A ação é pacífica”, afirma a coordenadora de educação do Sintufce e do comando local de greve, Eliedir Trigueiro.
Os servidores técnico-administrativos da UFC deflagraram greve no dia 11 de junho. As principais reivindicações são o aumento do piso salarial em 22,8% e a correção das pendências da carreira desde 2007. O piso atual é de R$ 1.034. Na segunda-feira (6), o governo federal ofereceu uma proposta de reajuste salarial de 15,8% parcelado em três vezes até 2015 para os sindicatos, mas os líderes sindicais consideraram insuficiente.
Segundo Eliedir Trigueiro, o ocupação na UFC deve continuar durante todo o dia. O comando local espera a resposta de uma reunião do comando nacional de greve com o governo federal, realizada até a madrugada desta quarta-feira (8). A paralisação dos servidores técnico-administrativos da UFC conta com o apoio dos estudantes. Uma assembleia da categoria está agendada para a tarde da quinta-feira (9) no pátio da Reitoria.
Entenda a greve 
A greve dos servidores que desempenham funções técnicas e administrativas faz parte do movimento nacional de paralisação de servidores federais, e tem reivindicações diferentes das dos docentes.
De acordo com as entidades, todos os 40 institutos (incluindo os dois centros de educação tecnológica e o Colégio Pedro II, no Rio) e todas as 59 universidades federais aderiram parcial ou totalmente à greve, que já dura 56 dias.
As principais reivindicações dos servidores são o aumento do piso salarial em 22,8% e a correção das pendências da carreira desde 2007. O piso atual é de R$ 1.034. Os servidores fizeram uma greve de quase quatro meses no ano passado, mas não houve negociação com o governo e a paralisação foi encerrada.
No início de julho, o Ministério da Educação anunciou um prazo mais amplo para a efetuação das matrículas dos estudantes aprovados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que contou com a participação de mais de 40 instituições federais em greve. Na ocasião, os servidores dos setores administrativos garantiram o funcionamento mínimo dos serviços prioritários das instituições, incluindo as matrículas para os ingressantes no segundo semestre.