quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Lavras : Informe de Base referente à 18ª Assembléia de Greve da Universidade Federal de Lavras:


Em assembleia realizada hoje, dia 21/08/12, na Nave 1 sala 4 da Universidade Federal de Lavras, com a presença de 131 servidores técnicos administrativos, foi votada a proposta do Governo. O resultado da votação foi: 113 votos contra, 8 votos a favor e 10 abstenções. A proposta, então, foi rejeitada e a greve continua na UFLA.
Encaminhamos a reapresentação da proposta aprovada na última assembleia que, após revisão, consta de:
- 15% de aumento em 3 parcelas nos anos respectivos de 2013, 2014, 2015. No pagamento da 1º parcela em 2013 acrescentar a inflação de 2010. No pagamento da 2º parcela em 2014 acrescentar a inflação de 2011 e no pagamento da terceira parcela em 2015 acrescentar a inflação de 2012. Com os pagamentos sendo realizados até março de cada ano;
- Manutenção do step de 4% e isonomia do vale alimentação.
- Revisão dos valores dos auxílios;
- Implementação de data-base indexada;
Ainda em assembleia ficou decidido o encaminhamento do documento abaixo, em relação à posição do CNG relacionada no IG2012 AGO-11:
“Analisando o documento que o CNG encaminhou às bases acordamos que:
- o governo, ou seja, as pessoas e os partidos que apoiam esse governo fizeram uma opção pela política neoliberal do Estado mínimo e estão gastando o dinheiro dos impostos para pagar dívidas internacionais feitas pelos grandes empresários e banqueiros em detrimento dos investimentos sociais e da melhoria das condições de vida dos trabalhadores.
- compreendemos que os reitores e o CNG estão sofrendo pressões do governo para acabar com a mobilização da base, mais não estão cedendo; que essa greve é a mais forte da história do serviço público, e por isso temos que aproveitá-la ao máximo, e que o governo já recuou várias vezes nesse período retirando a MP 568 não reduzindo o salário dos médicos e iniciou uma negociação com a categoria depois de dizer que não negociava com grevista; que o movimento furou o bloqueio da grande mídia e que a decisão da base deve ser acatada pelo CNG que diante das pressões inerentes a posição que ocupam tem todo o direito de ficar temerosos sobre o futuro do movimento.
 Discordamos do CNG quando:
- no título do documento indicado às bases já aconselha a desistir do movimento, pois, sabemos que a força de negociação que o CNG terá ou não terá depende de nós, a base, e dos prejuízos que nosso movimento causar à sociedade o que refletirá em pressão sobre o governo; diz que estamos na iminência do corte de ponto sem explicar para as bases os tramites legais para a criminalização da greve e possível corte de ponto; diz que recusar a proposta do governo é entrar num caminho de dúvidas e inseguranças, sendo que a base está cansada de saber que qualquer greve seja no começo, no meio ou no fim é sempre um caminho de insegurança.
- quando levanta como possibilidade para a categoria fazer outra greve o ano que vem o que só empurraria o problema ao invés de enfrentarmos o governo com a radicalização do movimento; diz que futuramente o cenário estará mais favorável, sendo que as crises nesse modelo econômico capitalista se repetem praticamente de dois em dois anos, e a crise, continuará em 2015, sendo uma desculpa para o governo.
- não informou as bases sobre o andamento das negociações sobre o vale alimentação, que está em outra mesa de negociação, antes de aconselhar a base a sair do movimento.
Considerando que:
- Aceitar essa proposta é chegar em 2015 com um déficit salarial em torno de 25%, maior do que o déficit atual, e que nem a reposição inflacionária o governo nos atendeu muito menos a isonomia salarial tão justa e que não podemos perder de vista; que a expansão do anexo IV não atende a maioria dos técnicos administrativos por questões de escolha profissional ou falta de condições para estudar, e muito menos aos que estão para se aposentar ou atualmente aposentados,
- o orçamento pode ser emendado a qualquer momento pelos parlamentares, que a agência Capes, fundamental para o funcionamento das universidades está, sinalizando entrar em greve, o que será mais um golpe para o governo.
- os professores, categoria que fortalece muito o movimento, continuam na luta mesmo diante do “braço forte do governo”, que a CUT está aprofundado a proposta de entrar com um processo contra o governo na OIT, o que já fez com que a presidenta Dilma pedisse ajuda ao Lula para “amansar” a CUT; em solidariedade aos aposentados que sempre são chamados por nós para a luta, mas muitas vezes esquecidos nas exigências das negociações.
- gostaríamos de lembrar aos companheiros(as), aqui presentes, que a dinâmica de qualquer greve é impor ao adversário  prejuízos cada vez maiores até que ele desista e aceite a proposta do adversário, convido a todos a intensificar o movimento com toda criatividade e rejeitar a proposta do governo mostrando ao CNG que a força de negociação vem das bases e que eles devem ficar firmes na luta.”

Lavras, 21/08/2012
CLG/UFLA

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